Abril 2022 traz as energia dos números 4, 6 e 10, segundo a numerologia tântrica.

Dez representa o corpo radiante na Kundalini Yoga, é o arquétipo do guerreiro e da coragem. O número 1 representa o Ser, enquanto que o zero é a totalidade, dessa forma, o 10 simboliza a união com o infinito, por isso seu lema é “Tudo ou nada”. É o número que dá a capacidade de atuar de maneira 100% em tudo o que faz; após a tomada de uma decisão, o 10 abraça todas as responsabilidades e consequências que vêm com ela sem olhar para trás.

Por isso, o número 10 tem tendência a cair em extremos, quando sob sua influência podemos nos sentir extremamente estimulados por um projeto ou ideal em um momento, e não sentir a menor motivação no outro. Essa será a energia base do mês de Abril, e talvez você já tenha sentido algumas de suas influências se manifestando.

Já o número 4, simboliza a mente neutra ou meditativa no Kundalini Yoga, é aquela que pondera os lados positivos e negativos das situações antes de tomar a melhor decisão. O desafio do 4 pode se manifestar como oscilação e indecisão, intensificando a energia de extremos do 10. Quando se pegar julgando os outros ou a si mesmo com inflexibilidade, dê um passo para trás e traga empatia para a situação. O número 4 é o do coração espiritual, representa a compaixão que existe em todos nós, que pode ser utilizada nos momentos mais desafiadores do mês.

Junto ao número 6, o mês trará muito impulso para novos projetos, inícios e co-criação da própria realidade; coincidência ou não, Abril também marca o ano novo astrológico, regido pelo guerreiro do zodíaco, áries, trazendo muita energia e impulso para a ação. Se estimularmos o altruísmo, visão global e desapegada dos fatos, e equilíbrio entre os campos mental e emocional, este será um mês muito propício à criatividade, foco e realização. Porém, ao se conectar com a polaridade negativa dessas energias, o oposto acontece, cabe a cada um decidir como utilizar essa força.

Dica para manter o equilíbrio durante o mês: meditação e pranayama de alternância de narinas.

Autora: Daya Lupinacci

Como o Yoga surgiu?

De onde vem essa prática cada vez mais conhecida nos dias atuais?

A palavra Yoga apareceu pela primeira vez nos Vedas (textos sagrados), mais especificamente na escritura mais antiga, o “Rig Veda”, datado por volta de 1 700–1 100 a.C.

Nos primeiros textos, a origem da palavra estava relacionada a remover o véu da ilusão (maya) de que somos separados da nossa essência.  A propósito do yoga era a elevação e a espiritualidade, descritos no Baghavad Gita como três caminhos:

• Bhakti
• A iluminação acontece através da prática constante de devoção e a compaixão.

• Jnana Yoga
• Iluminação através do intelecto, estudo das escrituras antigas, auto-conhecimento, auto contemplação e meditação.

• Karma Yoga
• Iluminação através de atos desinteressados de serviço, sempre seguindo o dharma, ou seja, o que é correto, em todas as situações.

Os Yoga Sutras de Patanjali

Nos Yoga Sutras de Patanjali, yoga foi descrito como um caminho de 8 “membros” para alcançar a iluminação.

Foi nomeado por Swami Vivekananda de Raja Yoga (“o caminho real”) ou Ashtanga Yoga (diferente de Ashtanga Vinyasa Yoga), o qual se dá através da introspecção, meditação e contemplação. Em outros textos, no entanto, o termo “Raja Yoga” é utilizado com diferentes conotações, muitas vezes como sendo “Samadhi”, a iluminação, em si.

Nos Yoga Sutras, assim como na tradição mais antiga, yoga é descrito como a prática do entendimento e controle da mente. Durante esse período, o yoga era composto por técnicas meditativas, exercícios de controle respiratório (pranayamas) e cantos devocionais (mantras). Nos registros mais antigos, o corpo físico era tido como um obstáculo para a elevação espiritual, sendo assim, negligenciado e visto por um ângulo negativo.

O corpo como veículo para liberação

Essa percepção mudou com a difusão do Tantra Yoga, que pregava que tudo é divino, inclusive o corpo físico. O tantra não somente via o corpo como uma manifestação do espírito, mas como um veículo para a liberação. Nas tradições mais antigas, o Tantra buscava a elevação da Kundalini, energia dormente na base da coluna, algo que com o tempo a maioria dos yogis dessa linhagem passaram a dar menos importância e maior foco ao equilíbrio do corpo energético.

Acredita-se que foi nessa época que o Hatha Yoga nasceu. Os yogis deste tempo enfrentavam dificuldades para meditar por muitas horas seguidas justamente pelas limitações do corpo; esse fator combinado à popularização do tantra e sua visão positiva do físico levou ao surgimento do Hatha Yoga. Assim, eles começaram a imitar os movimentos da natureza e dos animais como forma de se alongar e preparar o corpo para meditar mais profundamente por longos períodos de tempo. Se o corpo estivesse saudável e forte, ele deixaria de ser um obstáculo à espiritualidade e sim uma forma de atingir a elevação com mais facilidade.

Os famosos Asanas

As posturas (asanas) em pé foram criadas há “somente” algumas centenas de anos atrás, por acreditarem que não apresentavam efeitos significativos na circulação do prana (energia primária), e ainda hoje acredita-se que as posturas em pé são poderosas a nível físico, porém menos transformadoras espiritualmente, se comparadas com as outras.

Desde então, o yoga evoluiu e tomou diversos caminhos, originando outras linhagens, como por exemplo o Vinyasa Yoga que uns dizem que surgiu por volta de 100-200 anos atrás, e outros acreditam que sua origem pode ser traçada na época védica.

Com o tempo, os yogis começam a viajar e ensinar yoga em outros países, difundindo a técnica pelo mundo. Entre as maiores contribuições, podemos citar Krishnamacharya, considerado o pai do yoga moderno, o qual passou seu conhecimento de Hatha Yoga para B.K.S. Iyengar, criador do estilo Iyengar, e Yogacharya Sri K. Pattabhi Jois, que auxiliou no desenvolvimento e difusão do Ashtanga Vinyasa Yoga.

Independente da modalidade da prática, todas tem o mesmo objetivo: a conexão com a sabedoria universal presente em cada um de nós e em todos nós ao mesmo tempo. A palavra “yoga” vem da raiz “yuj”, que significa “união” ou “junção”. O significado da palavra yoga pode ser considerado um paradoxo por si só, pois trata-se da união de dois objetos que nunca estiveram separados realmente, estavam unidos desde o início, porém vivemos na ilusão da separação (maya).

Autora: Daya Lupinacci

Lian Gong, ginástica chinesa que faz bem para a saúde do corpo e da mente

O que é o Lian Gong:

Lian Gong na China significa ginástica, lá existe vários tipos; este que veio para o Brasil é o “Lian Gong em 18 terapias”, um método simples e acessível de movimentos compilados pelo Dr. Zhuang Yuen Ming de Shang-Hai.

Referenciado na sabedoria milenar chinesa e incorporando os modernos conhecimentos

da medicina ocidental, a prática consiste em exercícios cardiorrespiratórios, alongamentos e automassagem, que tratam e previnem desequilíbrios, dores no corpo, problemas nas articulações e disfunções nos órgãos internos.

Origens do Lian Gong:

Este método foi compilado pelo Dr. Zhuang Yuen Ming, de Shang-Hai, formado em medicina chinesa e mestre de Tui-Na, devido ao crescente número de pacientes com dores musculares e articulares em virtude dos novos hábitos da vida atual.

As exigências da vida moderna, a falta de contato com a natureza e a desatenção às exigências do corpo e da mente conduzem fatalmente o ser humano às desarmonias físicas e emocionais.

Os exercícios baseiam-se nas milenares artes corporais chinesas e na fisioterapia. Atuam em todo o corpo: membros superiores e inferiores, coluna, articulações, órgãos e vísceras para resgatar a harmonia interior e propiciar uma melhor saúde para todos.

Como é a Prática:

Os movimentos são suaves, profundos e contínuos, todos feitos na postura em pé, acompanhados por uma música terapêutica desenvolvida para a prática, sem necessidade de roupas e sapatos especiais.

O trabalho é dividido em 3 partes com 18 movimentos cada parte.

1ª Parte: 6 movimentos que previnem e tratam as dores de pescoço e ombros; mais 6 movimentos que previnem e tratam dores nas costas e região lombar e mais 6 movimentos que previnem e tratam dores nos glúteos e pernas.

2ª Parte: 6 movimentos que previnem e tratam articulações doloridas, 6 movimentos que previnem e tratam tenossinovites e mais 6 para as desordens funcionais dos órgãos internos.

3ª Parte: Revigorar as funções do coração, pulmões e fortalecer e cultivar o ar vital.

Benefícios da prática:

A prática diária atua na correção postural, nos movimentos repetitivos (LER e DORT), no fortalecimento físico, tratando e prevenindo dores no pescoço, nos ombros, na região lombar, nas pernas, tendões e articulações. Auxilia também como tratamento complementar na hipertensão, bronquite, asma, no reumatismo, artrites, artrose, dentre outros.

Além das ações específicas de cada exercício, a prática constante auxilia na melhora geral do indivíduo, combatendo os sintomas do estresse, das ansiedades e irritabilidades, proporcionando calma mental, alegria e revitalização.

Se interessou?

Saiba mais sobre o Lian Gong e pratique a 1ª série de exercícios no vídeo abaixo: